Outubro Rosa: nova matéria aborda prevenção contra o Câncer
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Em continuidade a série de publicações relacionadas ao “Outubro Rosa – Um gesto de amor próprio, uma causa de todos nós!”, campanha que vem sendo desenvolvida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), através de sua Secretaria de Gestão de Pessoas e do Serviço de Saúde, ao longo desse mês de outubro, publicamos um novo conteúdo abordando agora a prevenção, acompanhe.
Câncer é o nome dado ao conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado das células que invadem órgãos e tecidos.
Esse desenvolvimento acelerado pode causar tumores considerados benignos (não cancerígenos) ou malignos (cancerígenos). Entre os mais incidentes na população brasileira, estão os de pele – do tipo não melanoma – próstata, cólon, reto, pulmão, mama e estômago.
Ainda que os tratamentos contra o câncer tenham sido cada vez mais eficazes, a estimativa tanto para é de quase 600 mil novos casos da doença no Brasil.
Os principais fatores que contribuem para o surgimento da doença são o alcoolismo, o tabagismo, maus hábitos alimentares, exposição ao sol sem proteção, uso de determinados medicamentos, hormônios reprodutivos, poluição ambiental e o contato com agentes infecciosos.
A prevenção pode ser dividida entre primária, quando o indivíduo toma providências de proteção para não contrair o câncer e secundária, onde as pessoas que possuem maior risco de contrair a doença passam por exames periódicos e aprofundados.
Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em sua maioria, modificáveis; porém fatores como excesso de peso corporal, inatividade física, consumo de álcool e terapia de reposição hormonal, são, em princípio, passíveis de mudança.
Por meio dessa mudança de estilo de vida é possível reduzir o risco da mulher desenvolver câncer de mama e em outros órgãos do seu corpo.
Como se prevenir ?
Entre os destaques para prevenção do câncer, podem ser destacadas algumas atitudes básicas:
1- Pare de fumar
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo é responsável pelo maior número de casos que poderiam ser evitados no mundo. Quase 100% dos diagnósticos da doença no pulmão são devido ao cigarro. Ele também é responsável por cerca de 30% de câncer no fígado, esôfago, estômago, boca, laringe, faringe, pâncreas, bexiga, colo do útero e leucemia.
2- Cuidado com álcool
O consumo de álcool está relacionado ao surgimento de tumores em alguns órgãos como intestino, esôfago e fígado e, além disso, ele potencializa os efeitos do tabaco.
Um estudo realizado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer aponta que consumir cerca de duas doses de álcool por dia pode aumentar, significativamente, o risco das mulheres de desenvolver câncer de mama. Já os homens que consomem cerca de sete doses diárias, dobram as chances de desenvolver câncer de próstata.
3- Use preservativo
O câncer de colo de útero, pênis e garganta pode se transmitido pelo papiloma vírus humano (HPV), que é uma doença sexualmente transmissível. Então, use camisinha durante a relação e também no sexo oral.
4- Proteja-se contra hepatite
O sexo com camisinha também protege contra a hepatite B e C, ambas podem desenvolver o câncer. A hepatite B pode causar cirrose e, posteriormente, câncer no fígado.
Também mantenha em dia sua carteira de vacinação.
5- Invista em uma dieta saudável
Invista nas frutas, legumes e verduras, esses alimentos são ricos em fibras e protegem o corpo, principalmente, contra o câncer no intestino.
Adote uma dieta rica em vegetais e frutas e pobre em bebidas com açúcar, carboidratos refinados e alimentos gordurosos. Coma proteína magra, peixe ou peito de frango, e carne vermelha com moderação. Procure comer cereais integrais e prefira óleos vegetais sobre gorduras animais.
Diminua o consumo de carne vermelha e procure diversificar suas fontes de proteína. Alguns elementos da carne de boi e de porco são avaliados como cancerígenos.
Diminua também ou, se puder evite totalmente, ingerir açúcar, pois o consumo faz o corpo liberar muita insulina, o que aumenta a produção da substância citocina pró-inflamatória, que tem relação direta com o desenvolvimento do câncer.
6- Evite o sódio e os conservantes
A substância nitrosamina é cancerígena e está contida em alimentos enlatados e embutidos como bacon, mortadela, presunto e salsicha. Os fast foods também devem ser evitados.
7- Proteja-se do sol
O câncer de pele é desenvolvido pelas alterações celulares desencadeadas pelos raios UVA e UVB. Além do protetor solar, opte pelos horários em que sol estiver mais fraco e utilize sempre bonés, chapéus e guarda-sol.
8- Pratique atividades físicas
Além de fazer bem à saúde do corpo e da mente, praticar exercícios físicos ajuda no combate ao câncer. Os exercícios aeróbicos, principalmente, diminuem a circulação das citocinas pró-inflamatórias. Ao menos 20 minutos por dia, ou 30 minutos três vezes por semana.
9- Procure um médico quando não se sentir bem
Não é normal sentir dores, por menores que elas sejam. Sempre que aparecer algo estranho em seu corpo, procure a ajuda de um médico. Atente-se aos caroços, ínguas e manchas na pele.
10- Faça um check-up anual
Estabeleça como hábito a consulta regular a um médico ou uma médica e a realização de exames de saúde periódicos, pelo menos a cada ano, tendo ou não histórico de câncer na família, ou de qualquer outra doença. Faça todos os exames indicados pela pessoa profissional de saúde e siga as orientações passadas.
11-Evite o excesso de peso
A obesidade aumenta o risco de câncer de mama após a menopausa. Evite o ganho de peso que ocorre com o passar dos anos e tente manter um índice de massa corporal (IMC) inferior a 25. Existem várias calculadoras de IMC disponíveis na internet.
12- Evite a terapia de reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama. Se você tomar hormônios para controlar os sintomas da menopausa, evite aqueles que contêm progesterona e limite seu uso a menos de três anos.
Hormônios bioidênticos, cremes hormonais ou géis não são mais seguros do que os hormônios prescritos e também devem ser evitados.
13- Considere tomar um medicamento bloqueador de estrógeno
Mulheres com história familiar de câncer de mama ou que têm mais de 60 anos devem conversar com seu médico sobre os prós e contras do uso de bloqueio do estrogênio, utilizando drogas como o tamoxifeno e o raloxifeno.
14 - Considere tomar um inibidor da aromatase, como o exemestano
Estudo recente mostra que o exemestano reduziu o risco de câncer de mama em 65% em mulheres pós-menopausa com fatores de alto risco para desenvolver a doença. Converse com seu médico para saber se você tem indicação de uso e os benefícios de usá-lo.
15 - Amamente seus bebês durante o maior tempo possível
As mulheres que amamentam seus bebês por pelo menos 1 ano têm um risco reduzido de desenvolver câncer de mama mais tarde.
Fontes: Instituto Nacional do Câncer – INCA; Fundação Maria Carvalho Santos, Blog da Fonte; e Centro de Combate ao Câncer
D.B.