Parceria Justiça Eleitoral, Facebook Brasil e WhatsApp combate desinformação nas Eleições 2020
Acordo firmado prevê série de ações a serem desenvolvidas pelas plataformas
A Justiça Eleitoral anunciou nesta quarta-feira (30) uma parceria com o Facebook Brasil e o WhatsApp Inc. para combater a desinformação e abusos durante as eleições 2020.
O acordo faz parte de uma série de medidas tomadas pela Justiça Eleitoral para incentivar a circulação de informações oficiais sobre o processo eleitoral, entre elas a oferta de produtos e serviços, sem custo aos cofres públicos.
As plataformas devem fazer valer suas regras de conteúdo para evitar o uso abusivo dos serviços, o que é ainda mais importante em períodos eleitorais, quando esses meios são utilizados com maus propósitos para obter vantagem ilícita, para difamar pessoas, desconstruindo um dos componentes essenciais da democracia que é a informação verdadeira.
A grande vantagem dessa parceria é tentativa de eliminar a circulação de notícias falsas, enfrentar os comportamentos inautênticos coordenados, uso indevido de robôs, impulsionamentos ilegais e uso de perfis falsos que espalham notícias deliberadamente falsas.
Facebook Brasil
A parceria com o Facebook prevê a disponibilização da ferramenta “Megafone” para divulgação, nos dias anteriores à eleição, de mensagens aos usuários brasileiros no Feed de Notícias sobre as eleições de 2020, especialmente acerca da organização e das medidas de segurança sanitária no dia da votação.
Instagram
No Instagram, os usuários vão contar com stickers/figurinhas com a temática das eleições municipais. A plataforma também vai se aliar ao TSE para divulgação da campanha sobre mais mulheres na política, que o tribunal apresentará à sociedade em outubro.
WhatsApp Inc.
O acordo de cooperação com o WhatsApp Inc. apresenta uma medida inédita para uma parceria com um tribunal eleitoral ou órgão responsável pelas eleições no mundo: a criação de um chatbot no WhatsApp para ajudar na circulação de dados oficiais da Justiça Eleitoral sobre o processo eleitoral e a votação. A ferramenta foi desenvolvida na API do WhatsApp Business, gratuitamente, pela empresa Infobip, um dos principais provedores de serviços para negócios no WhatsApp.
A intenção do chatbot é auxiliar na comunicação direta com os eleitores. Basta adicionar o número +55 61 9637-1078 na lista de contatos ou acessar o serviço através do link wa.me/556196371078 para iniciar uma conversa com o canal interativo, que disponibiliza as principais informações das eleições.
O WhatsApp permitirá que a Justiça Eletioral envie mensagens sobre cuidados sanitários e para rebater informações falsas durante a campanha para eleitores que se cadastrarem em todas as ferramentas do tribunal.
Também será estabelecido um canal de comunicação específico com a Justiça Eleitoral para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa (clique aqui para ver o formulário), o que não é permitido nos Termos de Serviço do aplicativo nem pela legislação eleitoral.
Recebidas as denúncias, o WhatsApp conduzirá uma apuração interna para verificar se as contas indicadas violaram as políticas do aplicativo e, se for o caso, bani-las. O canal será desativado em 19 de dezembro com o fim do processo eleitoral deste ano.
Por fim, o WhatsApp apoiou a Justiça Eleitoral na criação de stickers/figurinhas sobre a temática eleitoral para utilização no aplicativo. Essa frente da parceria permite a mobilização e a conscientização dos eleitores a partir de ilustrações divertidas e mensagens sobre voto consciente e cuidados com a saúde.
Treinamentos e cartilhas
Durante todo o mês de setembro, o Facebook Brasil e o WhatsApp Inc. ofereceram cursos online de capacitação para os servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) e demais Regionais, sobre as medidas de combate à desinformação, adotadas pelas plataformas e os aspectos práticos de como atuar em processos eleitorais envolvendo os serviços.
Também foram produzidas cartilhas educativas para distribuição digital para o TRE-PI, suas Zonas Eleitorais e outros tribunais eleitorais.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE).