Juíza, Maria Célia Lima toma posse no TRE-PI

Posse Dra. Maria Célia
Juíza, Maria Célia

Em sessão solene, realizada na manhã desta segunda-feira(22), conduzida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), Des. Edvaldo Pereira de Moura e que contou com a presença de várias autoridades do mundo jurídico e político piauiense tomou posse a Dra. Maria Célia Lima Lúcio no cargo de Juiz Membro da Egrégia Corte Eleitoral, na categoria de juiz de direito, para o biênio 2015/2017 em substituição ao juiz, Dioclécio Sousa da Silva cujo mandato terminou em 18/06/15.

Dra. Maria Célia foi advogada militante por aproximadamente cinco anos; exerce a magistratura desde 1987.

Atuou em várias comarcas do Estado, inclusive na turma de uniformização dos juizados especiais cíveis e criminais e na 2ª turma recursal e, também, como Juíza eleitoral de primeiro grau em várias zonas eleitorais.

Sua história demonstra, também, dedicação ao estudo, pois, além de ser Graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará- UFC, é Pós-graduada em Direito Processual Civil - Lato Sensu, pela Faculdade Cândido Mendes - RJ- e cursou MBA em Gestão Judiciária, Pela Fundação Getúlio Vargas.

Observa-se, ainda, da sua trajetória, a intensa participação em incontáveis eventos de atualização jurídica, além do reconhecimento público do seu trabalho através de diversas homenagens.

VEJA NA ÍNTEGRA O DISCURSO DA EMPOSSANDO:

Excelentíssimo Senhor Desembargador Edvaldo Pereira de Moura Digníssimo Presidente Do Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, em nome de quem, saúdo os demais membros deste Egrégio Colegiado.

Excelentíssimo Senhor Dr. Kelston Pinheiro Lages, Procurador Regional Eleitoral.

Senhores membros com assento à mesa de honra, Senhores Advogados, Demais autoridades presentes, Funcionários, amigos e meus familiares.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

0 que chamo de virtude na república é o amor à pátria, ou seja, o amor à igualdade. Não é uma virtude moral, nem uma virtude cristã, é a virtude política; e este é o motor que move o governo republicano, como a honra é o motor que move a monarquia. Logo, chamei de virtude política o amor à pátria e à igualdade.,,, o homem de bem político, que possui a virtude política da qual falei, é o homem que ama as leis de seu país e age por amor às leis de seu país.,,(MONTESQUIEU, em O

Espirito das Leis)

Agradecer primeiramente a Deus, a quem tudo devo e tudo ofereço; e que pelo seu Filho Amado, Jesus Cristo, tem me dito nos momentos em que pareço que me vou esvaecer: "Não

temas! Eu estou contigo!' (Jr 1,8).

Agradecer ao Tribunal de Justiça deste Estado, por mais esse crédito de confiança;

Imaginava como Juíza de Direito, já tivesse dado minha contribuição à Justiça Eleitoral do Estado do Piauí, vez que durante 28 seguidos anos de Magistratura, estive à frente de diversas zonas Eleitorais no interior deste Estado e no biênio 2010 a 2012, titularizei a sexagésima terceira zona eleitoral com sede nesta Capital…

Todavia, nova oportunidade surgiu e pela vontade despretensiosa da maioria dos membros, do Tribunal de Justiça deste Estado, fui convencida do contrário, o que muito me honra. Aqui me apresento — e o faço na condição de legítima representante da Magistratura piauiense — para enfrentar mais este desafio que o destino me reservou.

Permitam-me que apresente meus penhorados agradecimentos, citando apenas a pessoa do Desembargador Edvaldo Pereira de Moura — referência para mim não só como magistrado, mas também como pessoa humana, como homem de bem, como cidadão exemplar, cujo talento de jurista aderido a tantas qualidades humanas, o notabilizou como juiz integro, singular título aderido aos seus sobejados merecimentos. Aproveito para parafrasear o filósofo e poeta norte-americano Ralph Waldo Emerson: "Acima de tudo, na vida, temos necessidade de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes. É este o papel da amizade”.

Divido esta vitória também com meus familiares. Faço-lhes uma homenagem carinhosa por intermédio da pessoa do meu pai, Miguel Lima, ora ausente, em razão da fragilidade de sua saúde. Foi ele o herói que, dentro do possível, soube enfrentar todas as adversidades da existência, com a altivez e a perseverança próprias do sertanejo ao lado da não menos heroína, minha mãe, Alaíde Gomes de Lima, hoje na eternidade, foi capaz de prover vida digna, pautada na conduta honesta, a nada menos que 09 filhos!

Destaco também aqui, o meu marido Carlos Eduardo meus filhos Carla Germana, Carlos Eduardo Filho, Miguel Victor e minha estimada nora, Lorena. Como exprimiu o grande engenheiro, teólogo, sacerdote, antropólogo, professor e escritor espanhol Juan Luís Lorda: "A grande escola é o amor: as exigências do amor levam a grandes heroísmos. Quando o amor é verdadeiro, o sacrifício não dói', o amor faz estimar como bem próprio aquilo que é um dever”.

Enfim, agradeço a todos que sacrificaram seus afazeres para aqui se fazerem presentes: autoridades civis e religiosas; servidores desta Casa, do Tribunal de Justiça deste Estado, dentre quais saúdo em especial aqueles que me dão suporte diário e que integram o Juizado Especial da Fazenda Pública; e os que, de uma forma ou de outra, manifestaram seu contentamento por mais esta conquista minha.

À frente de tão prestigiosa incumbência, tenho como objetivo maior tornar-me, acima de tudo, uma pessoa de valor, ao invés de almejar ser uma mulher de sucesso. Nesse espírito venho carregada dos mesmos propósitos pelos quais tenho pautado minha vida pessoal e profissional.

Como não poderia ser diferente, essa conquista profissional é motivo de grande contentamento para mim e para meus próximos, como certamente será sempre para todos quantos o destino lhes reserve a distinção de aqui poder ter assento.

Os fatos da vida trouxeram-me até aqui. Não houve glorificação pessoal, presente ou pretérita, para justificar a honradez do Provimento.

A esta vaga concorri com ilustrados colegas igualmente dignos de merecê-la.

Desprovida de qualquer vaidade, pesa-me sobre os ombros a responsabilidade do bom desempenho da incumbência, a fim de a ela poder corresponder e não frustrar expectativas.

Longe de iludir-me a juízo de um mérito pessoal, a investidura conforta-me o empenho de muito fazer, em correspondência ao dignificante mandato ora outorgado na ingente tentativa de recomendar-me a confiança dos juizes desta Casa, ombreando-me a seu compromisso com as mais

caras aspirações do povo do Estado do Piauí no plano das prerrogativas politico-eleitorais.

Saliente-se esse empenho porque sucedo ao Juiz Dioclécio Sousa e Silva, magistrado carismático, sereno e justo.

Imperdoável não registrar nessa minha fala, a profícua e brilhante atuação nesta Corte, da primeira Magistrada Piauiense a integra-la, a Desembargadora Eulália Maria Ribeiro Gonçalves Nascimento Pinheiro, cujo equilíbrio, saber jurídico e retidão de caráter servir-me-ão de norte para segura atuação neste Colegiado, durante o biênio que ora se inicia.

Registre-se, igualmente, que minha chegada a esta Corte coincide com momento de singular evolução tecnológica da Justiça Eleitoral Brasileira. Orgulha-me pertencer a uma nação em que o sistema eleitoral, com a tecnologia ora implementada, presta-se de modelo para diversos países.

Pois bem, sinto-me privilegiada por chegar a esta Corte sob a égide da expansão do processo de votação, por meio do sistema biométrico de urna eletrônica, onde a rapidez, confiabilidade e conveniência, no qual dúvida não há quanto à identidade do eleitor, excluindo, em definitivo, eventual possibilidade de fraude no procedimento de votação.

O valor de tamanha inovação tecnológica somente pode ser mensurado por quem vivenciou o rudimentar processo de contagem de votos através de cédulas de papel.

Varavam-se seguidas noites e dias, na penosa contagem de votos, muitas vezes com o auxilio da força nacional de segurança, no afã de conter os exaltados ânimos das agremiações partidárias rivais municiadas por interesses contrariados inflamados pela justificável ansiedade no resultado do pleito.

A Justiça Eleitoral brasileira de remota existência, fora, no entanto, extinta em 1937, durante o Estado Novo para ser reinstituída em 1945. De lá para cá, vem exercendo um papel fundamental e ininterrupto a serviço da democracia, aperfeiçoando, organizando e executando as Eleições neste País.

Finalmente, sinto-me feliz ainda por estar aqui e celebrar essa data histórica, em que se comemoram os 70 anos de sua reinstalação, ao tempo em que espero imprimir minha contribuição para a concretização de uma justiça eleitoral firmada na coerência das leis e na valorização da moralidade.

MUITO OBRIGADA!!!!!


Fonte: Serv. de Imp. e Com. Social TRE-PI

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